“ A História humana não se desenrola apenas no campo de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais entre as plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o canto arrasta as pessoas e as coisas que não tem voz.” ( Ferreira Gullar , 1930 – poeta brasileiro )

domingo, 3 de junho de 2012

Forma Social do Tempo - Otávio Ianni


Otávio Ianni


Otávio Ianni - nascido em 13 de outubro de 1926, Itu, faleceu em São Paulo, no dia 4 de abril de 2004.
Foi um pensador devotado à compreensão das diferenças sociais, das injustiças a elas associadas e dos meios de superá-las.
 Otávio Ianni foi um pensador sereno e sensato. Foi um artesão do pensamento crítico no Brasil, autor de uma obra marcada de iluminuras que anunciam a estética de cada texto que escrevia para dizer-nos que o pensamento crítico não é uma farra do espírito e do denuncismo barato e incompetente. Para ele, o pensamento crítico é o pensamento responsável e fundamentado, acima das facções de toda ordem, expressão da neutralidade ética, mas não da indiferença social e política, produto da descoberta paciente, da indagação organizada, da investigação científica cuidadosa e não raro demorada. 
Ianni nunca se propôs a ser um pai da pátria, de dedo em riste discursando verdades incontestáveis, como se fosse dele o mandato de apontar rumos e denunciar descaminhos. Mas nem por isso deixou de expressar publicamente os resultados de suas observações, de expor-se à contestação se necessário, de animar a controvérsia e provocar a busca de clareza na construção de uma consciência social e política do contemporâneo.
 Fontes:



AS FORMAS SOCIAIS DO TEMPO

 Vídeo: Professora Sandra - Graduada em História

Numa inspiração fantástica sobre a globalização do planeta, Ianni, faz uma crítica absolutamente verdadeira, sobre a massificação do homem. Sobre a urgência do tempo, do desejo e da ideologia de massa em detrimento da humanidade. A individualidade, substituída pelo individualismo. 


Pensando no mundo...



Claude Lévi-Strauss

“Como etnólogo, só posso constatar que o mundo contemporâneo perdeu a fé em seus próprios valores. Sei que este não é nem o nosso problema principal, mas todos sabemos que, no final das contas, nenhuma civilização pode se desenvolver se não possui valores aos quais se agarrar profundamente. Acredito, por sinal, que nenhuma civilização possa sequer se manter na situação em que a nossa se encontra.”
Entrevista à “Veja”, 2003.
Lévi-Strauss